Pandemia
UFPel apresenta balanço sobre os mil dias de Covid-19 em Pelotas
Município mostra infecções e mortes acima da média, desigualdades na vacinação e aumento de casos
Foto: Carlos Queiroz - DP - Município contabiliza 105.378 casos e 1.554 óbitos em decorrência do coronavírus
Desde o primeiro caso confirmado de Covid-19 em Pelotas até esta segunda-feira (19), passaram-se mil dias de impactos na saúde pública, sentidos na forma de infecções, hospitalizações e mortes. Para apresentar um balanço dessas informações, pesquisadoras e pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), do Grupo de Dispersão de Poluentes e Engenharia Nuclear (GDISPEN), divulgaram, na data simbólica dos mil dias, o resumo sobre a pandemia em Pelotas. Além de apresentar a síntese histórica, o estudo alerta para a intensificação no município: são 754 infecções registradas em 17 de dezembro de 2022, em comparação com 52 casos do mês anterior.
O Grupo de Pesquisa recomenda, considerando as festas de final ano, o reforço nos cuidados: higiene nas mãos, ambientes ventilados, máscaras em ambientes com aglomeração e testes, em caso de sintomas. O número de casos ativos no município, conforme o estudo, “provavelmente é bem maior” que os dados em poder dos órgãos de saúde, o que sugere cautela. Em razão da comercialização dos testes em farmácia a partir de 2022, as informações sobre os resultados positivos podem não chegar às autoridades sanitárias.
Histórico
O levantamento, com base nos dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), aponta para mais de 105 mil casos e de 1,5 mil mortes em Pelotas durante os mil dias de Covid-19. Esses índices, segundo a pesquisa, são superiores à média do Estado e do País.
Em relação à vacinação em Pelotas, identificam-se “importantes desigualdades” por faixa etária. Cerca de 80% da população vacinável recebeu a terceira dose ou o primeiro reforço, mas a cobertura da população de 18 a 39 anos, nessa situação, está inferior a 60%.
De acordo com os dados da Prefeitura, 20,4 mil pessoas estão com a segunda dose da vacina em atraso. Em relação à terceira dose, o número sobe para 72,4 mil. A maior parcela é de adultos, que somam 54,3 mil com esquemas vacinais incompletos.
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